Quando os partos começaram a ser realizados no ambiente hospitalar, tornou-se protocolo separar mãe e bebê logo após o nascimento. Prática que é completamente contrária à nossa natureza e que não acontecia na época das parteiras e dos partos domiciliares.
Em estudos realizados com outros mamíferos, essa separação mãe e bebê foi considerada um fator estressante GRAVE que provocou alterações epigenéticas de longo prazo em seus sistemas de regulação do stress.
Hoje em dia se fala muito sobre como a nossa vida adulta é estressante em comparação à vida adulta de outras gerações.
Será que o nosso protocolo atual de separar mães e bebês logo após o nascimento também é um fator estressante capaz de alterar nossos sistemas regulatorios de stress? Da mesma forma com que ocorre com outros mamíferos?
Será que é por isso que nossa geração de adultos tem tantos problemas relacionados a stress, ansiedade, depressão, etc?
Fica o questionamento…
Como disse Michel Odent: “Para mudar o mundo é preciso primeiro mudar a forma de nascer.”
Fontes:
📍 Amygdala gene expression correlates of social behavior in monkeys experiencing maternal separation. Sabatini, 2007
📍Primate early life stress leads to long-term mild hippocampal decreases in corticosteroid receptor expression. Arabadzisz, 2010