Sim!
Autoridades no mundo da amamentação, como o médico Carlos Gonzalez (uma das maiores referências sobre o tema), defendem o uso CONSCIENTE e PONTUAL de álcool pela lactante.
E o que seria considerado uma dose segura? Texto maravilhoso e super didático escrito pela @nutrijow:
“Baixo consumo é consumo pontual de uma quantidade que não te deixe com sintomas marcantes de alcoolemia: uma taça de vinho ou uns 2 chopes.
Para ficar mais fácil de entender, uso como referência o valor estipulado pela legislação brasileira para definir bebida alcoólica que é 0,5% de álcool.
Temos sempre que lembrar que o álcool passa do sangue para o leite materno na razão 1 pra 1 (a quantidade que tem no sangue é a mesma quantidade que tem no leite).
Para se ter uma ideia, uma pessoa que consumiu pouco álcool (altinha, como chamamos vulgarmente) tem em torno de 0,01 a 0,05 porcento de álcool no sangue, e consequentemente no leite.
O leite de alguém com essa margem de concentração alcoólica poderia ser classificado, com folga, como uma bebida isenta de álcool.
Isso significa que 100ml desse leite tem entre 0,01 e 0,05ml de álcool. É ínfimo.
O consumo dessa quantidade pontualmente não oferece qualquer perigo de intoxicar ou alcoolizar o bebê.
O que não é interessante é beber muito frequentemente, quantidades maiores, não só por aumentar a exposição do bebê mas por ter potencial de prejudicar a amamentação em si, uma vez que o álcool inibe a ocitocina, um hormônio bem importante para a ejeção do leite.
Apresentando os dados dessa forma fica fácil de identificar o tanto de estigma e preconceito que existem em torno dessa questão.
O meu objetivo ao difundir essas informações é tirar das costas das mães o peso de tantas renúncias equivocadas e mostrar que é possível ser mãe, amamentar e usufruir da vida social adulta.”
E, aí? Partiu sabadar sem culpa? 💚