Sim! Elas podem dificultar, mas isso não significa impedir.
Cirurgias mamárias como reduções de mama podem acabar cortando ductos lactíferos, que são como as ruas por onde o leite materno passa até chegar ao mamilo. Essa diminuição impacta diretamente na quantidade de leite a ser ofertado ao bebê durante a mamada.
Ao mesmo tempo, quando aréolas e mamilos são cortados podem ter suas sensibilidades alteradas. Consequentemente a resposta hormonal que ocorre para a produção de leite quando o bebê encosta no peito da mãe pode vir a ficar comprometida.
Existem, entretanto, técnicas que buscam ter um menor impacto sobre a lactação, por exemplo, quando aréola e mamilos não são completamente cortados e quando as partes inferiores do mamilo e da aréola permanecem intactas.
É necessário discutir com a equipe médica caso a mulher decida fazer uma cirurgia de redução de mama e ao mesmo tempo tenha o desejo de amamentar.
Por fim, mulheres com redução mamária podem sim amamentar. Para isso é necessário ter o acompanhamento profissional de uma consultora em amamentação para que juntas tracem um plano de ação de estímulo para a produção láctea, através de estratégias como aumento da frequência e qualidade das mamadas, protocolos de estímulo com bomba elétrica e uso de galactogogos.
Existe ainda a possibilidade de um protocolo de ordenha de colostro a partir das 37 semanas de gestação, caso seja do interesse da gestante já ter em estoque colostro para oferecer caso seja necessária uma complementação. Para isso também é necessária a orientação de uma consultora em amamentação, pois esse protocolo não é para qualquer gestante e não deve ser feito sem supervisão profissional.
É essencial ter consciência de que, segundo Diana West, apenas 20% das mulheres com redução mamária conseguirão amamentar exclusivamente, o que não invalida em nada o sucesso da amamentação. Afinal cada gota de leite materno oferecida a um bebê tem muita importância! … . .