Recentemente eu tive uma notícia bem triste e no momento em que recebi ela estava ao lado do meu filho de quase 3 anos. Foi impossível para mim segurar meu choro e logo ele começou: “O que houve, mamãe? O que houve?”. A pessoa do outro lado do telefone ouviu a preocupação dele e falou: “Não deixa ele te ver assim Carolina. Não deixa!”. Vamos falar sobre isso?
Nós crescemos em um ambiente em que era normal escutar: “Engole esse choro ou eu vou te dar um motivo real para chorar”, “Que isso Fulano? Menino não chora não!”, “Não precisa chorar!” entre outros discursos que nos fizeram aprender a abafar nossos sofrimentos. Como consequência a maioria de nós não sabe lidar com nossos sentimentos e tem vergonha de chorar.
Chorar faz bem. A maravilhosa @elisamasantosc diz em seu livro “Por que gritamos” que: “Nós, que parávamos de chorar entre soluços e engasgos, não conhecemos o poder de parar de chorar com um suspiro de alívio. Não sabemos o poder de permitir que as lágrimas brotem e ajudem em nossa regulação emocional. Lágrimas emocionais possuem substâncias analgésicas naturais. São a sabedoria do nosso corpo. E nós impedimos que elas fluam e cumpram sua missão. Quer viver mais feliz? Permita-se chorar mais. Chore até que o alívio venha em forma de suspiro.”
Portanto, vamos naturalizar o choro e interromper esse ciclo de esconder nossos momentos de tristeza e fraqueza? Vamos conversar abertamente sobre o que sentimos com nossos filhos? Vamos dar abertura para que eles possam fazer o mesmo conosco? Nossas crianças precisam e merecem ver que não somos sempre felizes e que existem sim momentos difíceis e que, sim, está tudo bem se sentir triste e chorar.
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